Devo
tomar alguma Vacina?
Não é apenas para o bebê que
a mãe precisa ficar de olho no calendário de vacinação. A gestante
também precisa saber quais vacinas pode, deve ou não deve tomar
durante a gestação.
Existem três tipos de vacina:
as inativas, que contêm vírus ou bactérias mortas, as toxóides, que
contêm outros agentes nocivos, e as “vivas”, que contêm organismos
vivos em doses pequenas, bactérias ou vírus.
Normalmente, as vacinas inativas
e as toxóides não afetam a criança. Mesmo assim, só podem ser
tomadas com a indicação de um médico.
As vacinas vivas ( contra rubéola,
sarampo, febre amarela, varicela ou catapora) não devem ser aplicadas
durante a gravidez. A presença dos vírus e das bactérias, mesmo em
uma dosagem atenuada, aumentam
a probabilidade de malformação do feto e de abortamento.
A única vacina que é pré-indicada para
gestantes e deve ser tomada o quanto antes, é a antitetânica. Ela é
indicada pela Organização Mundial de Saúde e serve para evitar o tétano
quando o cordão umbilical do recém nascido é cortado. Mas essa vacina
só deve ser tomada se a mãe
não a tomou nos cinco anos anteriores.
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Dia-a-Dia
da Gestante
Nessas doze primeiras semanas,
procure dedicar seu tempo para ler sobre o assunto e preparar seu espírito
para uma gestação tranqüila e feliz. Ainda não é hora para iniciar
os preparativos referentes à decoração e enxoval. Aproveite para
curtir o momento e dividir essa alegria com as pessoas queridas.
Por outro lado, convém que você inicie seu pré-natal.
Será através dele que você poderá saber mais sobre seu bebê,
acompanhando todas as fases de seu desenvolvimento através de exames
específicos e garantindo assim a segurança de ter uma gestação
assistida medicinalmente. Os exames pré-natais regulares são importantíssimos.
As consultas costumam ser de quatro em quatro semanas, até as 28
semanas de gestação. Depois disso, devem ser de 2 em 2 semanas até as
36 semanas e daí em diante serão semanais. Caso haja complicações,
podem ser necessárias consultas mais freqüentes. Na gravidez, as
complicações que podem ocorrer não são raras. Desta forma, o
acompanhamento médico é fundamental a fim de detectar o mais rápido
possível, eventuais complicações.
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Cuidados
Importantes
Não fume, pois a
nicotina atravessa a placenta e prejudica o desenvolvimento do bebê.
Não beba, sobretudo nos primeiros meses, onde
o processo de desenvolvimento é mais delicado. Nunca
tome nenhum medicamento que não seja recomendado por seu médico,
por mais inofensivo que "pareça" ser. Evite
o contato com animais - risco de toxoplasmose. Não
coma ovos crus ou cozidos ligeiramente – risco de envenenamento
por salmonela. Evite queijos moles e
patês - risco de listeriose. Cuidado
com elementos químicos encontrados em tintas e conservantes de madeira
além de vapores exalados de solventes, tais como produtos de limpeza líquidos
e adesivos.
No caso de você já ter tido um
aborto anteriormente, ou ter perdido sangue durante a gestação, devem
ser evitadas relações sexuais nos primeiros meses. Depois da 12a.
semana, as relações podem ser retomadas, mas é sempre recomendável
que você se guie pelas orientações de seu médico.
Fique alerta a esses sinais:
Sangramentos: independentemente
das características ou da quantidade, avise seu médico imediatamente.
Pode ser um aborto espontâneo, ou uma gravidez extra-uterina (na
trompa), podendo ocasionar uma hemorragia.
Febre: pode ser causada por uma
doença infecciosa perigosa para o feto. Entre em contato com seu médico
o mais rápido possível.
Dores no Ventre, Ardência ao
Urinar: uma infecção
urinária que não é diagnosticada e fica sm tratamento, pode levar a
um aborto no início da gestação. Mais para a frente, o risco é de um
parto prematuro.
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As primeiras
mudanças no seu corpo.
Logo nos primeiros dias de gestação,
o organismo feminino sofre uma verdadeira inundação hormonal de estrógeno
e progesterona que altera o sono, a pele, a transpiração. Os fluxos
hormonais afetam - no primeiro trimestre - com mais intensidade a área
do cérebro que comanda as emoções e é por isso que nesta fase, as
gestantes ficam mais sensíveis, emotivas, chorosas, lembrando o tempo
da adolescência. A partir do quarto mês, esses níveis declinam
bastante, acentuando suas oscilações emocionais.
Cãibras: são contrações
violentas dos músculos da barriga da perna e às vezes, da planta do pé,
comuns em meados da gestação, e que causam uma dor profunda e desagradável.
São raras na gestação avançada, mas podem persistir e manifestar-se
até mesmo durante o parto. Geralmente ocorrem durante a noite ou ao
acordar.
Sexo: toda a vida afetiva e sexual do casal é
alterada durante a gestação. A mulher passa por momentos de desânimo,
cansaço e às vezes, mal estar físico, principalmente nos três
primeiros meses de gestação.
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Mudanças
no seu corpo
Logo no início da gestação, há
um aumento na produção de progesterona, que inibe a atuação de
alguns neurotransmissores e tem efeito tranqüilizante causando sono e a
letargia, próprias desta fase, além de diminuir o desejo sexual. Por
outro lado, a gestação modifica todo o metabolismo, fazendo com que
seu organismo acelere algumas funções. O ritmo cardíaco torna-se mais
rápido devido a um aumento do volume de sangue e segue assim até o
quinto mês. A respiração também se intensifica já que a mãe tem
que mandar oxigênio para o feto. Tanta exigência extra, causa cansaço. Durma o máximo que você puder e evite esforços
intensos.
O hormônio progesterona relaxa
os músculos dos intestinos durante a gestação, podendo ocasionar prisão
de ventre. Tome bastante líquido e coma ameixas secas e cereais ricos
em fibras. Nunca use laxantes. Esse tipo de medicamento pode ser
abortivo. Quanto aos gases, exercícios leves como caminhadas e hidroginástica,
pode ajudar.
Seus seios parecem maiores já
nas primeiras semanas, mas não espere modificações na barriga.
O aumento dos seios é resultante do crescimento
da multiplicação das glândulas secretoras de leite, assim como do acúmulo
de gordura ao redor dos seios. É recomendável que você utilize um
sutiã confortável e adequado às exigências de sustentação dos
mesmos .
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Mudanças na sua cabeça.
Medos, Inseguranças & Cobranças
Não há regras fixas: algumas mães
mostram-se extremamente positivas em relação às transformações,
procurando a melhor maneira para passar por esse período de mudanças
contínuas da melhor forma possível, enquanto outras mulheres sentem-se
perdidas e inseguras. Essas reações também estão muito ligadas a
personalidade de cada pessoa e a forma como ela normalmente reage diante
de situações novas.
Precisa-se também,
levar em conta inúmeros fatores, entre os quais se destaca o
fato do bebê ser ou não desejado e as preocupações da mãe diante a
gravidez. Os medos mais comuns são:
-
Meu filho será normal?;
-
Irei sobreviver/agüentar
o parto?;
-
Saberei cuidar de meu
filho?;
-
Meu marido deixará de
gostar de mim?;
-
O que mudará em minha
vida?
Uma grande parte das mulheres
descobre que a gestação é um período de muita alegria, mas mesmo as
mais realizadas e felizes podem ter seus momentos de muita ansiedade e
depressão sem ter uma causa aparente.
É importante que você entenda
que essas alterações são normais e esperadas.
A mal-formação do feto é um
medo justificável em algumas situações: consangüinidade sangüínea
do casal, antecedentes de problemas na família, gestante com mais de 35
anos ou usuários de determinados medicamentos.
Para se tranqüilizar, é
preciso ponderar com o médico sobre os riscos e as vantagens de alguns
exames de medicina fetal. Embora menos preciso, o chamado teste triplo,
que é um exame de sangue comum, e o ultra-som
com translucência nucal, conseguem dar indícios de síndromes
genéticas. Outros, de resultados mais exatos, envolvem risco de aborto
e só se justificam quando há motivos para fortes suspeitas de malformação.
O mais conhecido é a amniocentese, mas há também a biópsia de
placenta para análise de vilo corial e a cordocentese.
Realizados em diferentes fases
da gestação, todos eles analisam material genético do feto ou da
placenta e são considerados invasivos, pois coletam amostras
diretamente no líquido amniótico, na placenta ou no cordão umbilical.
COBRANÇAS
É
a sociedade que deseja sua própria sobrevivência e cobra do
casal a função de pai. A mulher ainda tem que batalhar
muito para quebrar o paradigma, o modelo existente desde os tempos mais
remotos onde tem a função de ser a esposa, a mãe e a dona de casa.
Apesar de ter conquistado ao
longo dos anos o seu lugar no mercado de trabalho, ainda é dela a função
da casa e do bem-estar da família. Não há como fazer tantas coisas
sem sacrificar uma das partes e isso traz sofrimento e culpa, que se não
forem muito bem trabalhados em nosso interior, não valerão todo o
esforço por ter conseguido um lugar ao sol, com todas as realizações
e glórias alcançadas.
Além disso, os meios de
comunicação “vendem” uma imagem distorcida da maternidade, como se
tudo fosse só feito de momentos mágicos e alegres. Os problemas, as
mudanças e as dificuldades não são mostrados.
A gravidez é envolta em um
manto cor-de-rosa. O filho só estimularia um estado de onipotência e
esperança sugerindo algo sempre perfeito. Tudo isso deixa pouco espaço
para que a mulher se permita ter outros sentimentos como angústia, medo
e insegurança, pois não era essa a imagem que ela tinha em sua cabeça
e mais uma vez ela vai se sentir culpada, sem ter culpa alguma.
Esses sentimentos não significam rejeição ao
bebê. Mesmo nas mais desejadas das gestações, haverá os momentos de
vivenciar esses sentimentos ambivalentes
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Mudanças na sua pele
Pele: os vasos sangüíneos
superficiais se tornam mais abertos, provocando um aumento da
temperatura da pele. Toda a pele do corpo é afetada, inclusive a mucosa
do nariz, podendo provocar eventuais sangramentos ou, se ficar muito
espessa, uma certa tendência a roncar. Use um protetor solar com fator
acima de 20. Ele ajuda a prevenir as temidas manchas escuras que atingem
o rosto devido a uma maior pigmentação da pele causada por uma maior
circulação de melanina, substância que dá
cor à pele. O escurecimento dos mamilos e da linha média do
abdome também é resultante dessa ação.
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Atenção com
a Rubéola
Os sintomas da rubéola,
são muito inespecíficos e semelhantes aos de uma gripe
(indisposição, cansaço, febre, dores nas articulações, gânglios
aumentados). Por isso, é importante a realização dos exames necessários.