sexta-feira, 4 de maio de 2012

Endometriose pode diminuir chances de gravidez, diz médico

A endometriose não deixa a mulher infértil, mas pode tornar mais difícil a gravidez. Isso porque a endometriose é uma doença que afeta o aparelho reprodutor feminino e é caracterizada pela presença de células do endométrio (parede interna que reveste o útero) em locais onde não deveriam estar, como ovários, trompas, intestinos, bexiga e até pulmões
Foto: Dreamstime/Especial para Terra

A endometriose não deixa a mulher infértil, mas pode tornar mais difícil a gravidez. Isso porque a endometriose é uma doença que afeta o aparelho reprodutor feminino e é caracterizada pela presença de células do endométrio (parede interna que reveste o útero) em locais onde não deveriam estar, como ovários, trompas, intestinos, bexiga e até pulmões.

O endométrio é renovado a cada mês. Quando a mulher está em período fértil, os hormônios femininos estimulam o crescimento dessa parede para que o possível embrião se acomode. "Quando não há gravidez, a mulher menstrua e libera essa camada. É durante o processo de liberação que pode acontecer a chamada menstruação retrógrada", diz Edward Carrilho, ginecologista e especialista em reprodução humana da clínica Engravida, de São Paulo.

Quando a mulher tem a menstruação retrógrada, as células do endométrio saem por meio da menstruação, mas também podem cair em alguns órgãos. "O problema é que essas células localizadas nos outros órgãos sofrem o mesmo estímulo que as encontradas no útero. Então, a cada ciclo ovulatório, esses focos de fora do útero podem crescer, causando muitas dores fora e dentro do período menstrual", afirma Silvana Chedid, especialista em reprodução humana e diretora do Instituto Valeriano de Infertilidade São Paulo.

Chances menores
Além das dores, a doença pode afetar a fertilidade feminina. Segundo Carrilho, a endometriose não chega a deixar a mulher infértil, mas pode tornar as chances de engravidar menores. "Já vi muitas pacientes com endometriose engravidar naturalmente. As chances são menores, mas não é impossível. A endometriose não deixa a paciente infértil", esclarece o médico Edward. "A não ser que seja algo muito específico, como uma mulher que tenha um foco de endometriose nas trompas, ou seja, o foco da célula está obstruindo o encontro do espermatozoide com o óvulo", detalha.

Tratamento
Uma das possibilidades de cura da endometriose é a cirurgia. Mas esse é um procedimento delicado que tem que ser muito bem feito - do contrário, a doença pode voltar.

Outra opção é o tratamento com hormônios. O objetivo da medicação é estimular uma menopausa precoce temporária, segundo a médica. Sem o estímulo hormonal que a mulher recebe mensalmente para a ovulação, a parede do endométrio para de crescer e as dores e o desconforto também passam.

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Especial para o Terra

terça-feira, 1 de maio de 2012

Estresse na gravidez pode afetar formação do bebê, diz estudo

Nível de ferro, importante para o desenvolvimento dos órgãos, diminui. Pesquisa israelense foi feita com mulheres em zona de guerra.

O estresse durante os primeiros meses de gravidez pode afetar o desenvolvimento do bebê. Uma pesquisa apresentada neste domingo em um congresso das Sociedades Acadêmicas Pediátricas mostra que os filhos de mães que se estressaram no primeiro trimestre de gestação têm menor nível de ferro no sangue.

O ferro é importante para o desenvolvimento de vários órgãos, principalmente do cérebro. Problemas como a diabetes gestacional, o fumo durante a gravidez e o nascimento prematuro estão entre as principais causas da baixa de ferro no sangue dos bebês.

O acréscimo do estresse a esta lista foi sugerido por um estudo israelense. A equipe de Rinat Armony-Sivan, da Faculdade Acadêmica de Ashkelon, fez as medições com mulheres que passaram por uma situação de alto estresse. Ashkelon fica perto da fronteira com a Faixa de Gaza, e as mulheres que participaram da pesquisa viviam em uma área que sofreu mais de 600 ataques com foguetes.

Os médicos excluíram todos os demais fatores que pudessem baixar a quantidade de ferro no sangue e compararam estas mulheres a um grupo controle. Os filhos destas 63 mães estressadas tinham menor quantidade de ferro do que os outros 77 bebês que participaram da análise.

Os autores da pesquisa sugerem, então, que as mulheres controlem o nível de estresse para evitar problemas aos bebês. Se isso não for possível, é importante monitorar a saúde da criança com exames de sangue e, em caso de deficiência de ferro, tratar o problema desde cedo.
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