quarta-feira, 6 de julho de 2011

Orientação Psicológica da Gravidez

É com enorme prazer que inicio esta coluna voltada para a preparação psicológica da gestante, com o intuito de possibilitar uma vivência mais equilibrada de todas as emoções e manifestações que ocorrem neste período.

Tão importante quanto o acompanhamento médico pré-natal é a assistência e orientação psicológica à gestante. Cada um contribuindo para a saúde física e mental tanto da mulher quanto do futuro bebê.
Por ser o período mais rico e intenso de vivências emocionais e que por si só traz, para o relacionamento familiar, novas atitudes e responsabilidades, percebemos como é fundamental o compartilhar e o esclarecimento das ansiedades e preocupações que envolvem a decisão de se ter um filho.

Embora nem sempre pensada e planejada de modo claro e explícito, pode-se dizer que, em algum momento da relação, a gravidez foi desejada para que pudesse se concretizar. Podemos pensar então, que antes mesmo da fecundação propriamente dita, o bebê já existia na cabeça dos pais ou de um deles e que culminou com o "esquecimento da pílula anticoncepcional, da revisão do cálculo da tabelinha ou até mesmo na impossibilidade de se interromper o ato sexual para colocação do preservativo".

Desta maneira, a criança é gerada e o bebê da cabeça cria vida, tornando-se real.

A partir do momento que a mulher certifica-se da gravidez, tudo o mais em sua vida será diferente. Seja qual for a decisão, de levá-la a termo ou não, esta repercutirá de modo marcante e profundo nas pessoas envolvidas. Quanto às circunstâncias, a gravidez pode acontecer num momento em que menos se espera e planeja, como é o caso de adolescentes que, ao iniciarem a vida sexual ativa, sem os cuidados preventivos necessários, acreditam que "isso" nunca vai lhes acontecer, ou mesmo de adultos que não se encontram numa relação estável, com intenção de compromisso. Além disso, existem aqueles que priorizam a carreira profissional antes mesmo de concretizar o desejo de constituir família. Em qualquer desses casos , a gravidez nesse momento pode ser inoportuna.

Ter um filho não envolve apenas uma decisão de momento, porém um compromisso para o resto da vida e é por este e outros motivos, que a balança do querer e do não querer estará sempre oscilando de um lado para outro.

Os pais se percebem mais vulneráveis emocionalmente e não encontram significado para suas questões mais profundas e remotas. Ocorre, então, um retrospecto à infância, como se regredissem até ela em busca de respostas. Neste momento, o modo como cada um percebeu e vivenciou sua família de origem, irá permear todo esse período de espera: as mesmas angústias e incertezas, as mesmas alegrias e esperanças. Assim, o modelo de pais que tiveram constituirá a base do que pretenderão ser. Imitando-o ou rejeitando-o, o modelo serão os pais de origem.

As fantasias sobre o bebê e como serão enquanto pais têm um significado absolutamente próprio para cada parceiro, pois têm a ver com a própria história de vida.

A mudança do papel social também é um fator importantíssimo a se ponderar. Durante nove meses estará se instalando, no casal grávido, uma nova identidade. Deixarão de ser apenas filhos para tornarem-se, também, pais. Novamente o modelo da família de origem entra em jogo.

A tendência em se fantasiar como pais perfeitos leva à expectativa de ter o filho perfeito, aquele que corresponderá à idealização de perfeição: o filho bonito, obediente, educado, estudioso, saudável e vitorioso. Tudo que fugir deste protótipo será percebido como um fracasso ou falha tanto pelos pais quanto pelo filho, o que poderá acarretar grande culpa. E aqui entra o maior terror da gestante, quer seja, a possibilidade de ter um bebê que apresente alguma deficiência. Se, por acaso esta ocorrer, mesmo que seja por uma questão genética, a culpa que carregará pelo resto da vida é realmente insustentável.

As dúvidas e os temores que suscitam nesse período são muito naturais e esperadas, pois toda mudança envolve perdas e ganhos. A quê deverão renunciar e o quê poderá ser preservado.

Sexualidade é outro tema que causa grande preocupação nos futuros papais, mesmo que tenha sido liberada pelo ginecologista que os assiste. É como se a relação sexual, após cumprir o seu papel mais importante que é a preservação da espécie, perdesse a função do prazer pelo prazer.

A hipersonia ou o aumento da necessidade de dormir toma conta da mulher, como se seu corpo precisasse de mais repouso e menos estímulos para se preparar para todas as mudanças físicas e psíquicas que se iniciam.

As instabilidades emocionais, num momento em que está mais sensível, fazem com que muitas vezes sinta-se incompreendida.

Náuseas e vômitos, desejos e aversões, constipação e diarréia também são sintomas comuns na gravidez, mas que também trazem consigo significados psicológicos a serem desvendados.
E o marido, como percebe todas estas manifestações e o que significam para ele, uma vez que também está se preparando para a paternidade e, desse modo, também se encontra vulnerável e à mercê de suas próprias angústias e questionamentos.

Tanto quanto o físico feminino estar maduro para abrigar o óvulo fecundado, é imprescindível que haja uma preparação emocional para acolher este novo ser.

Meu intuito neste artigo foi apenas dar uma breve pincelada nos vários temas que poderão ser abordados, no sentido de analisar o profundo significado das emoções e manifestações deste período, que pode ser o mais sublime na vida do casal, mostrando, desta maneira, que a gravidez pode ser vivenciada pelos futuros papais e mamães, com menos ansiedade e culpa e mais alegria e prazer.

Sejam bem-vindos!

Passeio do bebê no carro

O primeiro aspecto a se pensar antes de sair de carro com um bebê ou criança é a segurança. Transportar os pequenos de maneira adequada é fundamental. O Código Brasileiro de Trânsito exige que todas as crianças menores de 10 anos andem no banco de trás do veículo.


Levar o bebê no colo, nem pensar. Segundo a ONG Criança Segura, que tem como missão promover a prevenção de acidentes de crianças e adolescentes, a melhor proteção para as crianças no carro é o uso de cadeiras e assentos de segurança. “O cinto de segurança é projetado para um adulto com no mínimo 1,45m de altura e por isso não protege as crianças dos traumas de um acidente”.

Bebê deve ser trasnportado em dispositivo apropriado
O problema é que muitas vezes as cadeiras de segurança são usadas de forma errada. A ONG Criança Segura afirma que os principais erros cometidos pelos pais são usar uma cadeira inapropriada para a idade ou tamanho da criança, colocar uma criança com menos de 1 ano em uma cadeira de segurança de frente para o movimento, não instalar a cadeira bem presa ao banco do carro, instalar a cadeira no banco da frente ou não prender a criança corretamente no assento.

“Hoje cada cadeirinha tem uma certificação com idade e peso da criança, facilitando a vida da mãe. Além disso, os produtos vêm com as instruções do fabricante e as normas de segurança”, explica o pediatra Dr. João Coriolano Rego Barros, membro do Departamento de Pediatras da APM (Associação Paulista de Medicina).


É importante que a cadeira se adapte devidamente ao veículo e que seja instalada corretamente. Até 1 ano de idade a criança deve  ficar na cadeirinha sempre virada de costas para o banco da frente. Segundo o Dr. João, é importante a mãe sempre colocar o bebê sentado, nunca deitado, pois ele pode regurgitar e engasgar. “Caso o bebê chore, pare num posto ou estacionamento, nunca em lugares desertos e durante o trânsito não tente socorrer a criança com o carro em movimento”.  Depois dos 2 anos, a criança já pode ficar sentada de frente no carro, porém, deve continuar a usar o assento de segurança apropriado para sua fase até os 7 anos de idade.

A cadeira de segurança deve apresentar o selo do Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. Esse selo garante que a cadeira de segurança passou pelos testes de colisão. Se tiver qualquer dúvida sobre a autenticidade do selo, basta fazer uma consulta no site do Inmetro (http://www.inmetro.gov.br). No link "Produtos e serviços com conformidade avaliada" é possível encontrar todos os artigos que possuem a certificação, atente para o detalhe de que o Inmetro referencia os assentos como "Dispositivo para Retenção de Crianças".

Enquanto estiver dirigindo, certifique-se que as portas e vidros elétricos de trás do carro estejam travados.

Sabonetes antibacterianos podem ser prejudiciais às crianças

A higiene é essencial para evitar infecções e doenças, mas preocupação demais com limpeza pode acarretar em problemas maiores e até alergias nas crianças e em adultos. Esse é o caso dos sabonetes antibacterianos (ou antissépticos) que estão sendo usados no cotidiano das famílias.
criança no banho
Segundo infectologistas e dermatologistas, o uso excessivo dos sabonetes antibacterianos pode matar as bactérias nocivas, mas também eliminam as bactérias neutras que ajudam no equilíbrio da colonização de bactérias do organismo.

Algumas das bactérias neutras agem na síntese de vitaminas, no funcionamento do intestino e protegem a pele, impedindo que bactérias nocivas entrem facilmente no caso de lesões, evitando infecções.
Portanto, quanto mais se usa o sabonete que mata bactérias menos defesa o organismo terá. O sabonete antisséptico, em excesso, também destrói o manto de proteção natural da pele, o manto lipídico, secreção da própria pele que age como um antibactericida.

Retirada a proteção natural da pele, o organismo das crianças está mais susceptível a alergias e infecções. Quanto mais substâncias colocamos em contato com as crianças, maior o risco de alergia.

Os sabonetes antibacterianos são recomendados para pessoas que trabalham em locais em que haja risco de contaminação como hospitais ou para pacientes que sofrem de infecções de pele.

Para as crianças, o recomendado são os sabonetes infantis que são hipoalergênicos ou mesmo os sabonetes comuns que são suficientes para a higiene sem destruir as bactérias que ajudam a combater alergias e infecções.

Mamães devem, sim, estar preocupadas com a higiene e limpeza de seus filhos, mas precisam lembrar que higiene e limpeza em excesso é prejudicial para os pequenos.

Bruno Rodrigues

terça-feira, 5 de julho de 2011

Chupeta: usar ou não usar? Eis a questão!

A sucção nutritiva é uma função primordial para a sobrevivência do recém-nascido, pois é através da sucção que o bebê obtém seu alimento.

Como a natureza é sábia, e “Papai do Céu” também, o reflexo de sucção já está presente por volta da 18ª / 20ª semanas de vida intra-uterina.

A dúvida (usar ou não usar a chupeta) começa a existir quando “nós”, e em especial as mães, percebemos que além da função nutritiva, a sucção também é uma fonte de prazer. Como normalmente toda fonte de prazer gera estabilidade e relaxamento, as mães utilizam a sucção não nutritiva (uso da chupeta) na tentativa de deixar o bebê mais tranqüilo.

Contudo, o que observamos, é que, na maioria das vezes, a ansiedade, o nervosismo e a intranqüilidade é da mãe, que está com dificuldade de lidar com o choro do bebê, e por isso utiliza-se de tudo que estiver ao seu alcance (em geral a chupetinha) para que seu filho pare de chorar.

Para as mãezinhas que se enquadraram nesse perfil, peço que não se sintam culpadas, pois a sucção não nutritiva tem suas indicações clínicas. Bebês pré-termo (com menos de 37 semanas), hipotônicos e/ou que apresentem dificuldade para sugar seio materno, podem beneficiar-se do uso da chupeta, desde que esta seja ortodôntica e utilizada com o monitoramento de profissional habilitado para treino de motricidade oral.
Para os bebês nascidos de termo (37 a 40 semanas), que não apresentem dificuldade para amamentar, minha sugestão é que evitem o uso da chupeta, principalmente, nos primeiros dias de vida, pois o bebê poderá fazer confusão de bicos (seio materno x chupeta) e apresentar dificuldade para sugar seio materno.

Além disso, o uso da chupeta não ortodôntica, pode propiciar alterações da arcada dentária e consequentemente dificuldades na fala. É importante ressaltar que a sucção digital (dedo), também não nutritiva, é mais prejudicial para a arcada dentária e fala que a chupeta, portanto deve ser evitada.

Para as mamães que já “cairam” na tentação do uso da chupeta e/ou para as que estão propensas a “cair”, sugiro que ofereçam somente chupeta ortodôntica para que essa sua pretensa aliada não transforme-se em vilã.

Tania A . Lopes Cardoso

Desejos alimentares de uma mulher grávida

Bateu aquela vontade de comer torta de jaca com mortadela polvilhada com queijo parmesão na madrugada chuvosa. Muito fácil saber de quem é esse desejo tão inusitado: uma mulher grávida.

É assim que as futuras mamães são lembradas quando o assunto é desejo. Esquisitices no meio da madrugada. E coitado do marido que não satisfazer os desejos da sua mulher. O filho poderá nascer com a aparência do alimento desejado ou com alguma característica que lembre o desejo não satisfeito. Já imaginou seu filho com cara de mortadela?

Grande parte das pessoas acha que é um mero capricho da mulher grávida, mas há fatores que podem determinar os desejos das gestantes em relação a essas esquisitices. Isso acontece geralmente no início da gestação, mas pode durar mais.

Muitos elementos da gravidez podem gerar a vontade por comidas estranhas. A maioria das vontades tem como causa fatores hormonais. As alterações dos hormônios que no início causam o enjôo podem desencadear os desejos esquisitos. 

Os hormônios prolactina e progesterona são os maiores responsáveis pela alteração do apetite e a mudança do ph da boca, levando a gestante comer alimentos que antes não gostava, não mais comer suas comidas preferidas ou mesmo os alimentos com sabores estranhos. Que coisa doida!

Outros especialistas relatam que carências nutricionais levam o cérebro da gestante a procurar alimentos que contenham os nutrientes que possam estar em falta no organismo da mulher e que o bebê que está se formando pode precisar para seu pleno desenvolvimento. Por isso das misturas estranhas protagonizadas pelas gestantes.

Carinho redobrado à mamãe - Há ainda o fator de insegurança e carência que a mulher grávida sente durante o período gestacional. A futura mamãe quer atenção sempre, principalmente do seu companheiro. A sensibilidade está à flor da pele, a mulher se sente feia e gorda, precisando do carinho de quem está a sua volta. 

Essa sensibilidade provoca o desejo estranho da gestante e põe “à prova” a atenção do companheiro que tem que se desdobrar para realizar o desejo da amada. Assim, a futura mamãe se sente mais segura já que seu companheiro fez de tudo para satisfazê-la. Coisas da gravidez.

E um último fator que pode desencadear os desejos da mulher grávida é que comer libera substâncias no organismo que dão prazer e melhoram o humor. Só cuidado para não engordar mais do que deve, o ideal são cerca de 12 quilos para não afetar a saúde da mamãe e do bebê.

Caso o desejo não seja satisfeito, não tem problema algum. O bebê não nascerá com a aparência do alimento desejado ou com alguma característica que lembre. O desejo não satisfeito não afetará a saúde do bebê que está se formando. 

O bom é procurar um nutricionista para que a preocupação com alguma carência nutricional seja zerada e um pré-natal realizado direitinho acabará com as dúvidas. Assim, um bom cafuné, carinho, atenção e uma palavra de conforto poderão saciar o desejo da futura mamãe.

Dicas
Cuidado com as calorias extras dos desejos. A gestante não deve comer por dois, como se fala, e sim, fazer uma alimentação balanceada sem regime.

Antes de pedir o desejo estranho, verifique se não é uma forma de chamar a atenção. Se for, peça mais carinho ao seu companheiro.

Seu bebê não vai nascer com cara de morango se o seu desejo por morango com chantilly em plena noite de tempestade não for realizado.
Bruno Rodrigues
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...