quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Saúde da Gestante (13ª a 16ª Semana)

Reformando o Quarto do Bebê
Passado o período de maior instabilidade (até a 12a. semana), já dá para começar a pensar nos aspectos físicos do ambiente do bebê e convém que toda a parte de reforma da casa, caso seja necessária, seja feita com bastante antecedência, pois pinturas e reformas geram pó e cheiro forte, o que pode irritar as vias respiratórias da criança. O ideal é que no quarto do bebê não haja carpete a fim de evitar ácaros e fungos.
Se a casa ou apartamento possui problemas de umidade é uma boa hora para tentar solucionar o problema, pois esse é um fator desencadeador de vários problemas respiratórios.

O quarto escolhido deve ser arejado, e de preferência, que receba sol pela manhã.

Se possível, instale uma lâmpada fraca ou um interruptor graduado para poder ver seu bebê se incomodá-lo. O berço não deve ser colocado entre a janela e a porta para evitar correntes de ar.

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Vitamina B12
Vitamina B12: é necessária à formação dos glóbulos vermelhos e importante  no metabolismo dos açúcares e gorduras. Também  é  essencial para a síntese de mielina, a capa de gordura que reveste os neurônios e facilita a transmissão dos impulsos nervosos.  Sua ausência provoca anemia.
Onde encontrar: fígado, rim, leite e derivados,  carne e ovos. Os vegetarianos necessitam de suplementação. ---

Desconfortos gerados pela retenção de líquidos
Seu organismo passa a acumular mais líquidos. Importante para a manutenção da placenta e também para a renovação do líquido amniótico, essa retenção de água ocasiona inchaço e traz alguns inconvenientes. Dor e sensação de peso nas pernas, são os mais comuns. Tornozelos, dedos e pés também sofrem. Procure descansar com as pernas para cima e fazer exercícios leves. Caso aumente muito, converse com seu médico.
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Seu bebê já fez um gol?
A mulher que já teve filhos, costuma perceber os primeiros movimentos do feto entre as dezesseis e as dezoito semanas. Mas na primeira gestação, em geral a mãe só sente a movimentação do filho por volta da 20a. semana.
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Complicações na Gravidez
As complicações costumam ser diagnosticadas nas consultas pré-natais, podendo ser tratadas a tempo sem ocasionar danos para a mamãe e o bebê. Por isso, as consultas pré-natais regulares são tão importantes.

Talvez seja a complicação mais conhecida da gravidez.. Costuma manifestar-se na gravidez avançada, depois das 36 semanas, e muitas vezes é chamada de pré-eclâmpsia ou toxemia pré-eclâmptica.
Caracteriza-se por hipertensão ( pressão arterial aumentada), aumento de proteína na urina e edemas ( inchaço das pernas, mãos e faces).

As causas da toxemia não são bem conhecidas, e o édico procura centrar-se no controle dos sintomas, até que o bebê esteja pronto para nascer. Depois do parto, os sinais de toxemia desaparecem rapidamente.
Nos casos mais leves, o repouso feito em casa é suficiente para manter a pressão baixa, evitar o aparecimento de proteína na urina e controlar a aparição dos edemas.

Mas caso o quadro piore, é necessário que a gestante seja internada num hospital para que seja tratada com medicamentos apropriados.
Em muitos casos o parto é antecipado, por indução ou com uma cesariana.

Eclâmpsia 
É conseqüência de uma toxemia não tratada, ou tratada de forma inadequada. Além da hipertensão, do edema e da proteína na urina, a gestante sente fortes dores de cabeça e sofre sérias convulsões, podendo ser fatal  tanto para a mãe como para o bebê. Por isso, deve-se sempre tomar muito cuidado ao menor sintoma deste quadro a fim de estar dignosticando e tratando o quanto antes.

Hemorragias Vaginais
Depois de 28 semanas é uma situação grave, porque esse  sangue em geral provém da região em que a placenta se liga ao útero. O sangue perdido costuma pertencer à circulação materna, mas tal perda provoca o desligamento entre a placenta e o útero, expondo o feto ao risco de lhe faltar oxigênio. Esse quadro pode originar-se de placenta prévia ou então de descolamento de placenta.

Placenta Prévia
É quando a placenta está situada na região inferior do útero, bloqueando a passagem do feto pelo canal de parto. Se as contrações uterinas separam a placenta da parede uterina, ocorre uma hemorragia grave. Há diversos graus de placenta prévia. Se a placenta estiver fechando apenas uma parte do canal de parto, a hemorragia não é tão grave e pode-se pensar num parto normal.

De uma forma geral a hemorragia se manifesta algum tempo antes de começar o trabalho de parto – entre a 30a. e a 36a. semana de gravidez – com o aparecimento repentino de um fio de sangue vivo vindo da vagina. Não há dor e ela termina rapidamente, mas isso não quer dizer que o risco tenha passado. Qualquer hemorragia na fase final de gestação é grave e deve ser imediatamente reportada ao médico. A paciente deverá ser internada para a realização de exames que irão identificar a exata posição da placenta e se há a necessidade de se realizar uma cesariana. Mesmo sem ter necessidade de se fazer uma cesariana, a gestante deverá ficar internada no hospital até o bebê estar maduro suficiente para nascer, por volta da 36a. semana.

Descolamento de Placenta
Ocorre quando em determinado momento, a placenta, mesmo que esteja corretamente localizada, se desprende em parte, do útero onde está fixada.

Assim como na placenta prévia, o descolamento da placenta exige internamento de urgência, para que a gestante reponha o sangue perdido, garantindo as condições de oxigenação do feto.

O descolamento de  placenta é uma complicação grave, que exige cuidados especiais e imediatos.

Complicações no Sangue
Anemia: é o problema sangüíneo mais comum na gravidez, manifestando-se quando as reservas maternas de ferro e de ácido fólico não bastam para atender às necessidades aumentadas pela gestação.

A importância de se detectar a anemia não se deve apenas ao fato de que a mulher se cansa muito mais e sente falta de ar. O mais preocupante é que a taxa de glóbulos vermelhos cai e eles são os responsáveis pelo fornecimento de oxigênio ao feto.

A anemia é detectada pelos exames d sangue feitos na rotina do acompanhamento pré-natal e deve ser tratada com uma dieta equilibrada,  suplemento de ferro e ácido fólico.

O Fator Rh: O fator Rhesus está presente nos glóbulos vermelhos da maioria das mulheres, que por isso são identificadas como Rh positivas. Se não houver esse fator diz-se que a mulher é Rh negativa. Se a gestante for Rh negativa e o feto Rh positivo, há o perigo de que, durante o parto, algum sangue fetal passe para a corrente sangüínea da mãe, estimulando a produção de anticorpos que, nas futuras gravidezes, podem atacar os glóbulos vermelhos do outro bebê, provocando anemia e icterícia.

Nesse caso, assim que o bebê nascer, a mãe recebe uma injeção de gamaglobulina anti-D, para evitar a formação de anticorpos e as complicações possíveis em gestações seguintes.

Gravidez Ectópica
Aproximadamente uma em cada cem células-ovo pode implantar-se na trompa de Falópio, antes de chegar ao útero, situação que é conhecida como “gravidez ectópica”, “gravidez tubária”, ou “gravidez extra-uterina”.
Uma vez implantado, o ovo tenta desenvolver-se, mas a falta de espaço impede que cresça normalmente. No ponto de fixação do ovo, a trompa se estica e pode até arrebentar, ou impele o ovo de volta, ou então expulsa-o em direção ao útero, provocando um aborto. Em qualquer caso, o feto  morre e a mãe sofre uma hemorragia interna.

O sintoma mais significativo da gravidez tubária é a dor na parte inferior do abdome, cerca d duas semanas após o desaparecimento da menstruação. A dor vai se intensificando conforme o feto vai se desenvolvendo na trompa.
Sempre que ocorre a gravidez tubária, é urgente que se faça uma intervenção cirúrgica para retirar o embrião e muitas vezes, a trompa também. A remoção de uma das trompas não significa de forma alguma a perda da capacidade de engravidar, pois a outra trompa continua ativa.

Quistos Ovarianas
Os ovários podem ser a sede de quistos, cavidades cheias de líquido, que podem atingir proporções muito grandes. Um quisto ovariano pode aparecer em qualquer época da vida.

Nas gestantes , esses quistos não costumam ser malignos mas podem ocasionar alguns problemas, interrompendo a circulação sangüínea. Para evitar problemas, eles devem ser retirados mesmo durante a gravidez. Sua remoção deve ocorrer entre a 14a. e a 16a. semana de gestação, quando a mesma já estiver bem consolidada, mas o útero ainda não atingiu um tamanho que dificulte a operação. Realizada nessa ocasião, a remoção do quisto não prejudica a gravidez nem o feto.

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