domingo, 8 de janeiro de 2012

Fonoaudiologia aliada a amamentação torna o bebê mais saudável

Aleitamento estimula estruturas orais e faciais e crescimento maxilar.

As vantagens do aleitamento materno são inquestionáveis tanto para a mãe como para o bebê, na qual a amamentação tem o efeito de reduzir a incidência de doenças alérgicas, otite média, infecções respiratórias e diabetes. Os benefícios são de ordem nutricional, imunológica, psicológica, ortodôntica, social, cultural e econômica. Entretanto, o que poucas mamães sabem é que a amamentação tem reflexos futuros na respiração, dentição e fala da criança. Conheça como o auxílio da fonoaudiologia aliado a amamentação pode tornar o bebê mais saudável e feliz.

Quando a criança é amamentada, além de se alimentar, involuntariamente ela faz um exercício físico importante que estimula o crescimento harmonioso das estruturas orais e faciais. “Ao nascer o bebê tem a mandíbula muito pequena, que irá alcançar um tamanho equilibrado em relação à maxila ao ter seu crescimento estimulado pela sucção do peito. Maxilares melhor desenvolvidos propiciarão um melhor alinhamento da dentição. Músculos firmes ajudarão na fala. Durante a amamentação a criança aprende a respirar corretamente pelo nariz”, explica a fonoaudióloga do Grupo Fonovital, Camille Siqueira Pinho.

Segundo a especialista, a escolha da mamadeira influencia bastante na amamentação. O bebê que suga o bico de borracha adota um padrão de sucção diferente do padrão assumido com a mama, uma vez que os movimentos da língua não são os naturais e a musculatura é utilizada de forma incorreta. Na amamentação natural a criança tem maiores condições de satisfazer as necessidades sensório-motoras globais e, particularmente, sua necessidade oral, porque através da sucção do peito exercita por mais tempo seus órgãos fono-articulatórios. “Na amamentação artificial esse processo tende a ocorrer de forma muito rápida e passiva”, - ressalta a fonoaudióloga.

No entanto, no seio ou na mamadeira, a amamentação é o acontecimento mais importante da vida da criança e é determinante para o posterior relacionamento com o mundo. Portanto, mesmo que a criança esteja recebendo leite artificial, a alimentação deverá ser efetuada como se ela estivesse sendo amamentada no seio, com carinho e o toque da mãe. “Durante a mamada a criança deverá ficar mais verticalizada, quase sentada ao colo da mãe evitando assim que o leite escorra para a tuba auditiva levando à otite de repetição” – salienta Camille.

A chupeta existe para completar em alguns casos a necessidade de sucção - comum em bebês que usam mamadeira já que o processo de alimentação acontece de forma muito rápida -, acalmar e tranqüilizar o bebê, ou ainda para evitar o hábito da sucção de dedo, já que este traz danos mais severos ao desenvolvimento buco-facial. Mas o uso do acessório deve ser mínimo: em momentos de stress ou para adormecer, e não para qualquer choro do bebê. “Deve-se sempre inspecionar as causas do desconforto antes de partir para o uso da chupeta e deve-se retirá-la quando o bebê se acalmar ou adormecer. Quando a chupeta permanece interposta entre os lábios pode-se perder a memória muscular de vedação labial, o que é fundamental para que se respire pelo nariz. Admite-se seu uso até dois anos de idade, quando a fala fica desenvolvida e a necessidade de sucção passa a ser substituída pela mastigação”, explica a fonoaudióloga.

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