
Você está grávida e escuta diferentes opiniões sobre os primeiros meses de vida do bebê? Com alguns cuidados é possível curtir os momentos com a criança sem ansiedade. A seguir, confira respostas para os principais mitos e verdades sobre os cuidados com o recém-nascido:
Bebês não devem ser colocados de lado para dormir
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1É preciso oferecer água ao recém-nascido, além do leite maternoMito. De acordo com Mariana Zanotto Alves, especialista em cuidados com recém-nascidos, “durante os primeiros seis meses de vida, o bebê consome a quantidade necessária de líquidos ingerindo somente o leite materno. Oferecer água, chás ou outros líquidos pode fazer com que ele se sinta satisfeito precocemente e recuse o leite materno. Mães que possuem indicação médica para não amamentar e optam pelas fórmulas infantis também não devem ofertar água ao bebê”.
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2O bebê precisa arrotar a cada mamadaMito. Segundo Mariana Zanotto, colocar o bebê na posição vertical após mamar é especialmente importante quando o bebê sofre de refluxo, já que evita o retorno do leite e ácidos presentes no estômago: “Mas isso não significa que ele irá arrotar. Muitos bebês não arrotam após a mamada. Alguns podem eliminar os gases em forma de flatos. Neste caso, considere sua missão cumprida e não se preocupe”.
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3Nas primeiras semanas de vida é preciso higienizar o umbigo do bebê com frequênciaParcialmente verdade. De acordo com o pediatra Fernando F. Martins, chefe da UTI Neonatal da Maternidade Perinatal Barra, limpar o local três vezes por dia é suficiente para evitar complicações. “Recomendo fazer a higiene junto com a troca de fraldas. O mais importante é manter o local limpo e seco, até que ele caia sozinho”. “Não aplique álcool no local e dobre a fralda na cintura, evitando que o umbigo fique coberto e possa infeccionar”, explica Mariana Zanotto.
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4Bebês que tomam banho antes de deitar dormem melhorVerdade. Mariana Zanotto explica que o banho ajuda a acalmar e relaxar o bebê, preparando-o para uma boa noite de sono. No livro “O Sono do meu Bebê” (Editora CMS, 104 páginas, R$33,90), a psicóloga Renata Soifer Kraiser explica que o banho é um verdadeiro acontecimento para o recém-nascido. Se incluído no ritual noturno diário, o banho ajuda a separar o dia da noite. Com o tempo, o bebê será condicionado a entender que está na hora de se preparar para adormecer.
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5É preciso ter muito cuidado para não bater a moleira do recém-nascidoVerdade. “Evitar impacto na moleira é essencial, já que a região é frágil. Não aperte o local ou chacoalhe a criança com movimentos bruscos, sob o risco de afetar o cérebro do bebê”, orienta Mariana Zanotto. Ela lembra que lavar a cabeça do recém-nascido, fazer carinho ou pentear os cabelos com uma escova própria são atitudes totalmente seguras.
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6Alimentos ingeridos pela mãe podem causar cólicas em bebês amamentados no seioMito. O desconforto é normal, já que o sistema digestivo do bebê está em formação. Segundo o pediatra Fernando F. Martins, “não há comprovação de que algum alimento possa causar cólicas em bebês alimentados apenas com leite materno. Mas não recomendamos a ingestão de alimentos ricos em cafeína, como mate, chá preto e café, que podem deixar a criança mais agitada e sem sono”.
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7Não existe perigo em furar a orelha de meninas recém-nascidasParcialmente mito. Para Mariana Zanotto, sempre que a pele é perfurada existe risco de infecção. “Muitos médicos americanos recomendam aguardar até que a criança complete quatro anos de idade, quando ela já entende que não pode puxar o brinco ou colocar a mão suja na orelha que acabou de ser furada. Se a mãe fizer muita questão, recomendo fazer com um profissional de confiança e usar brincos antialérgicos”, diz a especialista em cuidados com recém-nascidos.
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8O bebê deve dormir de lado para evitar o refluxoMito. “A posição lateral compromete a circulação de ar e não é segura para o bebê dormir. O recém-nascido sempre deve ser colocado para dormir com a barriga para cima. Estudos recentes comprovam que este ato simples diminui em até 70% as chances que o bebê sofra a Síndrome da Morte Súbita Infantil, quando uma criança saudável morre sem causa aparente no primeiro ano de vida”, orienta Mariana Zanotto.
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