segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Tintura não é recomendada durante a gravidez

A tintura em contato com o couro cabeludo pode causar má formação fetal e até aborto, diz especialista
A vaidade e a gravidez combinam, desde que respeitados alguns limites / NatUlrich /Shutterstock 
Durante a gravidez, um dos momentos mais bonitos na vida de uma mulher, ainda é colocado em questão até que ponto é possível que a vaidade feminina fique em primeiro lugar ao invés de garantir o bem estar do bebê. Tingir ou não o cabelo durante a gestação é um dos assuntos que mais gera polêmica entre as mulheres e até mesmo especialistas no assunto.

Para a dermatologista Denise Steiner, a vaidade e a gravidez combinam, sim, desde que respeitados alguns limites. “Eu não recomendo o uso da tintura permanente, aquela que descolore o cabelo, afinal ela é nociva por conter amônia, substância que em contato com o couro cabeludo é transportada pela circulação sanguínea, podendo causar má formação fetal e até aborto”, afirma.

A especialista ainda lembra que existem alguns relatos na literatura científica de crianças que tiveram problemas por causa da utilização de tintura durante a gestação. “Além de o bebê nascer com uma má formação, a mãe pode ter algum tipo de intoxicação por causa do produto e transferir para a criança. Ou até mesmo um defeito na célula do sangue e facilitar o aparecimento da leucemia”, explica.

Apesar de ser contra, a dermatologista recomenda que, se a futura mãe optar pelo o uso de tinturas, que isso seja feito somente após o terceiro ou quarto mês de gestação, período em que as chances de más-formações diminuem. “Até o terceiro mês de gravidez a atenção deve ser redobrada. É nesse período que ocorre a formação principal dos órgãos, por isso é o momento onde os produtos químicos poderiam interferir seriamente na gravidez”, afirma Steiner.

Luiza Alves, publicitária e a mais nova mamãe, sempre teve os cabelos tingidos com um loiro bem marcante, mas decidiu evitar mantê-los dessa maneira e preservar o bem estar da sua filha. “Eu sempre escutei histórias ruins sobre pintar o cabelo durante a gestação e como a maioria das mulheres fiquei insegura, afinal eu sempre mantive o meu cabelo daquela cor e ainda utilizava tratamentos de alisamento. Mas eu optei por não arriscar, deixei a minha vaidade de lado e pensei com o coração de mãe que coloca sempre seu filho em primeiro lugar”, afirma.

“Além disso, eu pude voltar a minha cor natural, que é o castanho escuro, e percebi que eu também fiquei bonita assim”, conta Luiza.

Alternativa

Segundo a especialista, as mulheres podem recorrer a outras maneiras de manter os cabelos bonitos sem colocar em risco a saúde dela e do bebê. “Existe uma tintura não permanente, conhecida como tonalizante, que não é feita na raiz dos cabelos, pois é aplicado com uma touca, protegendo o couro cabeludo dos produtos químicos”, ressalta.

Mas a dermatologista lembra que esse método é mais usado nas mulheres que pretendem fazer mechas e reflexos. Por ser uma tinta mais fraca, não resolve no caso de cabelos brancos ou com muito tempo de tintura química.

A médica conclui dizendo que melhor do que ficar bonita é cuidar para que o bebê nasça com saúde. E o mais importante: qualquer tipo de aplicação química deve ser feita só depois de orientação médica. Dessa forma, problemas podem ser evitados no futuro.

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