quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Saúde da Gestante (37ª até as últimas semanas)

Dores nas Costas

Com a proximidade do parto, as dores nas costas tendem a aumentar. Além do peso da barriga, as articulações da bacia se afrouxam para facilitar a passagem do bebê. A falta de ar costuma diminuir um pouco nesta fase pois o bebê começa a descer um pouco e deixa de comprimir o diafragma e os pulmões

Neste período você se sentirá irritada e cansada da gravidez. Parece que faz séculos que o bebê está em seu ventre, e você anseia para que tudo termine e você possa estar com seu bebê nos braços.

As contrações devem estar mais freqüentes. Elas pressionam a cabeça do bebê contra o colo do útero, fazendo-o dilatar-se com mais facilidade.

Amamentação - Até Quando?


O ideal é oferecer o leite materno até o quarto ou sexto mês como alimento exclusivo, isto é, sem água, suco, chá, sopa, fruta, etc.

O leite materno diminui os riscos de câncer de mama. O leite mais nutritivo vem após alguns minutos de mamada.

O Cérebro do Bebê

Embora a organização do cérebro seja programada geneticamente, seu funcionamento depende das sinapses, que se estabelecem com o auxílio de substâncias químicas chamadas neurotransmissores. As emoções vivenciadas por você e pelo bebê durante a gestação influenciam a produção desses neurotransmissores, com conseqüências futuras sobre o comportamento.

Está chegando a hora


O período pré-natal pode terminar a qualquer momento depois das 38 semanas.

Sua mala e a do bebê devem estar prontas com todos os objetos e roupas que serão utilizados no hospital. Já tenha em mãos também, o pedido do médico para internação e todos os documentos necessários.

As cólicas do bebê


Não sendo fome, frio ou calor, podemos estar diante de alguma dor e nos três primeiros meses é bem provável se tratar de cólicas.

Elas se caracterizam por uma certa periodicidade e por aparecer em determinadas horas do dia, especialmente a partir do fim da tarde, quando a temperatura começa a cair.

Seu aparecimento pode estar ligado a ansiedade e insegurança dos pais, ou a uma rotina confusa e um ambiente agitado.

Coloque o bebê de bruços, aquecendo seu abdome. Faça massagens suaves, depois de ter aquecido suas mãos. A fim de que elas possam deslizar melhor sobre o corpinho do bebê, passe óleo de amêndoas nas mesmas. Comprima as perninhas do bebê lentamente sobre o abdome e então estique-as novamente, várias vezes. Esse exercício pode ajudar na eliminação de gases, diminuindo as cólicas.

As cólicas podem piorar com a oferta de mamada, embora o bebê possa procurar o seio em momentos de dor. Ao contrário do que muitas pessoas possam lhe “recomendar”, o uso de chás não irá melhorar as cólicas de seu bebê. Pelo contrário, ele pode se engasgar e engolir mais ar, piorando a situação.

O uso de medicamentos, deve ficar a critério do pediatra.

Fique preocupada quando ...


Caso seu bebê apresente uma das situações abaixo, entre em contato com o seu pediatra:

  •     Irritabilidade de causa desconhecida;
  •     Temperatura superior a 37,5o C;
  •     Vômitos;
  •     Diarréia;
  •     Menos de seis fraldas molhadas por dia;
  •     Desinteresse pela alimentação;

Soluços e espirros são manifestações normais e não precisam de maiores cuidados.

Mais três bons motivos para amamentar
  • Amamentar acalma e dá segurança ao bebê.
  • Amamentar ajuda na contração do útero, fazendo com que ele volte mais rapidamente ao seu tamanho normal.
  • Amamentar ajuda a emagrecer

Icterícia

É uma coloração amarelada da pele que ocorre normalmente em pouco mais da metade dos recém-nascidos. Ela é causada por um pigmento de cor amarelada, produzido normalmente no organismo. Quando os recém-nascidos não conseguem eliminar totalmente esta substância, o excesso se deposita na pele.

Geralmente ela aparece a partir das primeiras 48 horas, podendo tornar-se mais intensa a partir do terceiro ou quarto dia.

A icterícia não é uma doença e não é transmitida de um bebê para outro. É um fenômeno próprio de cada recém-nascido.

Na maioria dos casos, só a observação do bebê é necessária. Somente a partir de um certo grau e dependendo do peso e da idade em dias do bebê, é que se faz necessário o “banho de luz” para facilitar a eliminação dessa substância (bilirrubina).

Sinais de aproximação do parto

Queda do ventre, vestígio de sangue ou rolha mucosa, ruptura da bolsa d’água, contrações ( 2 a cada 10 minutos, no período de uma hora).

Teste do Pezinho

Teste de Triagem Neonatal
Doenças Congênitas


Doenças congênitas são aquelas presentes ao nascimento. Em algumas doenças congênitas, a alteração está no metabolismo da criança e não no seu aspecto, que em alguns casos, se apresenta normal ao nascer.

Nesses casos, o diagnóstico só pode ser feito no recém –nascido através da aplicação de exames especiais, denominados “testes de triagem neonatal”. Este diagnóstico é especialmente importante nas inúmeras doenças metabólicas que são tratáveis, uma vez que a identificação precoce permite a introdução de um tratamento apropriado, que pode evitar o aparecimento dos sintomas (deficiência mental, retardo de crescimento ou outras alterações dependendo da doença.)

O diagnóstico é realizado através da coleta de sangue do bebê feita a partir de uma gota de sangue do calcanhar. A coleta pode ser feita em qualquer idade a partir do 7o. dia de vida ( antes disso os resultados podem não ser confiáveis), mas deve ser feito o mais cedo possível, para que o tratamento, caso necessário, seja mais eficaz.

O exame é enviado à APAE para análise. Como as crianças podem nascer aparentemente normais, a detecção precoce destas doenças é muito importante.


Puerpério ou Pós-Parto

É o período pós parto, que começa logo após o nascimento do bebê e estende-se até, mais ou menos, 40 dias após o nascimento do bebê.

Imediatamente após o parto, a equipe da maternidade ficará atenta aos seus sinais vitais, involução uterina e sangramento vaginal por, aproximadamente, 6 horas. Quando suas condições estiverem todas normalizadas, seu bebê será levado para a primeira mamada.

O sangramento vaginal inicialmente será vermelho, ficando rosado até tornar-se um líquido amarelado ou esbranquiçado, que desaparecerá num período de quatro a seis semanas.

As contrações podem ser sentidas por vários dias pois o útero estará se contraindo para voltar ao tamanho normal. Essas contrações podem ser mais intensas durante a amamentação porque o estímulo dos mamilos, provocado pelo bebê ao mamar, libera um hormônio chamado ocitocina, responsável pela contração uterina.
Logo após o parto, pode haver inchaço, principalmente nas pernas, devido à redistribuição de líquidos no organismo e também a um aumento da quantidade de hormônio chamado prolactina, que age na produção do leite. Este edema, desaparece normalmente em 2 ou 3 dias.

A episiotomia pode ser desconfortável nos primeiros dias. É muito importante manter a região sempre limpa, lavá-la com água e sabão e trocar os absorventes íntimos com freqüência. Esses cuidados devem sr mantidos até o final do sangramento.

A menstruação pode voltar a qualquer momento, mas se você estiver amamentando adequadamente, isso demorará mais para acontecer.

A tristeza e uma leve depressão, são comuns após o parto e podem estar ligadas à súbita queda dos níveis hormonais, à fadiga ou outras causa. É importante que você expresse seus sentimentos e angústias para as pessoas que estão mais próximas. Só assim elas terão a oportunidade de poder estar lhe ajudando.
O obstetra deve ser procurado após o parto, independentemente do retorno estabelecido por ele, se ocorrer algum destes sintomas: perda de coágulos de sangue de cor viva, febre, corrimento vaginal cm odor forte, dor no abdome, mamas ou na incisão cirúrgica, depressão forte e prolongada.

Depressão Pós-Parto

Embora o nascimento de um filho seja um momento de realizações e alegrias para as mulheres, grande parte passa por alguma forma de depressão após o nascimento do bebê.

Na maioria dos casos, o problema é ameno e se resolve sem precisar de tratamento. É o caso de mulheres que por um curto período de tempo ficam mais sensíveis, cansadas e choronas.

Há vários níveis de depressão relacionada ao nascimento do bebê. A mais comum é a Baby-Blues. Ela atinge de 20% a 30% das mulheres por volta do terceiro ou quarto dia após o parto. A causa geralmente é hormonal. A mãe fica irritada, chorona e levemente deprimida. É um problema transitório, não requer tratamento.

Quando esses sintomas somam-se a outros, persistem e parecem piorar com o tempo, caracteriza-se a depressão puerperal, mais severa e que afeta uma em cada 10 mães. Seu surgimento é mais freqüente no 3º ou 4º mês após o parto. Na depressão puerperal, a mulher pode ficar muito desanimada, apática ou ansiosa, ter excesso de sono ou insônia, falta de desejo sexual, medos, sensação d estar falhando como mãe, ter pensamentos obsessivos e sentimentos ambivalentes em relação ao bebê. Essa depressão, além de causas hormonais, pode ser provocada por fatores sociais. Precisa ser tratada com antidepressivos, que corrigem o metabolismo cerebral, além de terapia.

Quem tiver depressão puerperal uma vez, tem grande chance de desenvolve-la novamente nos próximos partos e mesmo durante a próxima gravidez. Daí a importância do tratamento.

Há ainda um outro estágio de depressão, mais raro e grave, que é a psicose pós-parto. Tem origem numa disfunção biológica. A mãe pode ter reações ainda mais intensas e precisa de supervisão nos cuidados com o bebê, pois há o risco de causar-lhe algum dano físico. Nesses casos, o tratamento pode exigir internação hospitalar e afastamento do bebê, para acelerar a recuperação.

Os antidepressivos podem ser dados sem ter que interromper o aleitamento e até mesmo ser tomados durante a gestação. O importante é a mãe e os familiares à sua volta não resistirem à necessidade do tratamento, já que assim a mulher pode se recuperar mais rápido, mantendo o vínculo cm o bebê.

É que a criança, nos primeiros meses, tem uma maturação cerebral muito rápida, também influenciada pelos estímulos maternos. E esses estímulos, dependendo da situação, podem ser os primeiros a faltar quando a mãe se deprime.

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