Seu bebê não vai ser
menos saudável por isso. Há outros caminhos para garantir o cálcio necessário
para o seu desenvolvimento.
Saiba mais lendo a seguir a matéria
interessantísima divulgada na Claudia Bebê - por Melissa Diniz
Não é só nos laticínios
que você encontra o cálcio de que precisa para suprir suas necessidades e as do
bebê. Sardinha em lata, couve, brócolis, feijão e gergelim são alternativas para
quem não pode (ou detesta) leite, queijos, coalhada e outros derivados. E você
tem vários motivos para incluir esses alimentos na dieta. Um deles vem de uma
pesquisa mundial promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo o estudo, o
nutriente reduz as complicações ligadas à pré-eclampsia – doen ça que atinge 5%
das gestantes e pode levar ao parto prematuro e à morte da mãe e do bebê. “Por
isso, os polivitamínicos usados na gestação contêm cálcio, e as hipertensas
recebem suplementação extra”, explica o ginecologista e obstetra Eduardo Souza,
do Hospital São Luiz, em São Paulo. Essa medida preventiva ajuda a minimizar o
prejuízo, já que muitas mulheres consomem quantidades baixíssimas do mineral.
“Pouco cálcio é um problema em qualquer
idade ou condição, mas, para as grávidas, as consequências podem ser graves”,
afirma a nutricionista Carolina Bortoletto, especialista em nutrição
materno-infantil, de Belo Horizonte. Se você faz parte desse time, veja agora
como vai ser fácil incrementar o prato com esse nutriente e garantir uma
gestação 100% saudável para você e seu filho.
Múltiplos papéis
Múltiplos papéis
Não é exagero dizer que,
se a gravidez fosse uma orquestra, o cálcio seria forte candidato a regente.
Isso porque ele tanto regula processos do organismo materno diretamente
envolvidos na gestação (como a coagulação sanguínea e o fluxo de nutrientes para
o bebê) quanto influencia a formação do feto.
A nutricionista Giovana
Lombo-Silva, professora de nutrologia da Universidade Federal de São Paulo,
alerta: se as reservas estiverem baixas, até a amamentação será afetada, já que
o mineral é o principal componente do leite materno. Você já imagina que irá
passar os próximos nove meses com uma dieta à base de leite e sardinha para dar
conta de todas essas necessidades? Relaxe. Na verdade, você não precisa ingerir
mais cálcio do que o normalmente recomendado para qualquer mulher adulta (veja a
tabela), pois a natureza dá uma ajuda nessa fase.
“Alguns hormônios da
gravidez aumentam a capacidade do organismo de absorver o mineral. A preocupação
é não deixar as reservas baixarem para que os estoques não sejam desfalcados com
as transferências feitas ao bebê”, explica a nutricionista Lara Natacci,
coordenadora da Nutrivitta Assessoria Nutricional, em São Paulo, e autora do
livro Dietbook Gestante – Tudo o Que Você Deve Saber sobre Alimentação na
Gestação, na Lactação e para Bebês (Mandarim).
Tira e (não)
põe
Os especialistas não
sabem ao certo quanto cálcio o feto absorve ao longo da gestação. Mas o mineral,
além de entrar na formação dos ossos, dentes e músculos do bebê, regula funções
como os batimentos cardíacos do pequeno. Se faltar (o que é raro, já que a
criança tira das reservas da mãe aquilo de que necessita), as consequências
podem ser malformações e raquitismo.
Exceto em situações
extremas, a mãe sempre cobre o déficit às custas daquilo que seu esqueleto
armazenou nos primeiros 20 anos de vida. Quanto à crença de que o bebê retira
cálcio dos dentes da mãe, esqueça. “Isso é mito. Os problemas dentários na
gravidez estão ligados a inflamações das gengivas, resultado de alterações
hormonais e higiene deficiente”, garante a dentista Silvia Chedid, de São Paulo,
consultora da Associação Brasileira de Odontologia. Resumo: a conta sobra mesmo
para os ossos, que precisam da reposição diária do mineral para se manterem
fortes.
Do bem, do
mal
Não são apenas os
alimentos que você põe no prato que irão interferir nesse equilíbrio. “Stress,
falta de exercícios e baixos níveis de vitamina D são fatores que prejudicam a
absorção do cálcio. Por isso, além de investir na qualidade de vida, a gestante
deve tomar um pouco de sol diariamente para estimular a produção natural de
vitamina D pelo organismo”, afirma Lara.
Cuidado também com as
combinações feitas. “Não se deve, por exemplo, incluir laticínios e carne na
mesma refeição”, ensina Giovana. É que o ferro presente nas carnes prejudica a
assimilação do cálcio. O ácido oxálico é outra substância que interfere
negativamente na absorção. Abundante nas folhas de espinafre, acelga e
beterraba, ele reage com o cálcio, formando um composto impossível de ser
digerido.
Para diminuir o risco de
combinações infelizes, o gastroenterologista Dan Waitzberg, diretor da Ganep
Nutrição Humana, em São Paulo, aconselha distribuir pequenas porções de
laticínios ao longo do dia. “Na gestação, é preciso comer de três em três horas,
e queijos e iogurtes rendem bons lanches. De preferência, em versões desnatadas,
que contêm menos gordura”, diz ele. Se preferir os similares de soja, leia o
rótulo e compre apenas os que tenham cálcio adicionado.
Fonte: Bebê.com
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