Da Redação, Jornal de Araraquara
Professor da Faculdade de Medicina da USP reforça o uso do
ácido entre o período pré-gestacional até a amamentação.
A gravidez é considerada um dos momentos mais mágicos. A
chegada do bebê é esperada com muitas expectativas e sonhos e é neste período
que a mulher precisa redobrar a sua atenção com a alimentação e, principalmente,
com a sua saúde garantindo uma vida plena para o bebê e também para ela.
Toda a mulher antes mesmo de engravidar tem que estar com a
saúde em dia e alinhar-se junto ao seu médico sobre todas as necessidades para
que a gravidez corra com tranquilidade. Mas um fato é válido para qualquer
mulher que vá engravidar: ela terá que tomar ácido fólico.
O ácido fólico é uma substância da família de vitaminas do
grupo B e é capaz de diminuir os riscos de malformação congênita, em especial,
de doença do tubo neural (DTN), ou seja, de anomalias funcionais ou estruturais
do recém-nascido. Esses problemas são produzidos logo nas primeiras semanas de
vida e uma vez instalados não há mais reversão. " A ingestão de ácido fólico é
essencial para o desenvolvimento do feto, inclusive no período pré-gestacional.
A vitamina é capaz de reduzir em até 70% a probabilidade de uma gestação com
feto portador de doença do tubo neural e de outros defeitos congênitos também" ,
afirma Victor Bunduki, Professor da Faculdade de Medicina da USP e especialista
em Medicina Fetal.
A incidência de malformações varia de acordo com cada país e
região. " No Brasil, 50% das gravidezes não são planejadas, podendo levar a uma
taxa de 5 nascimentos em cada 10000 bebês nascidos" , completa o especialista.
O Ministério da Saúde recomenda administração preventiva de
ácido fólico no período pré-gestacional na dose de 5 mg, via oral, ao dia,
durante 60 a 90 dias antes da concepção para prevenção de defeitos congênitos do
tubo neural, independente do risco, para todas as gestantes.
" O benefício preventivo da suplementação com ácido fólico é
proporcional à dose ingerida, sendo que doses como a de 5 mg, garantiriam a
prevenção na população geral de mulheres em idade reprodutiva e que planejam
engravidar, e , mais especificamente, naquelas com alto risco de desenvolverem
um feto com DTN ou em mulheres com baixa aderência à suplementação" , conclui
Bunduki.
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